
Francisco Alves de Souza dialoga com o alferes Gonçalo Cordeiro no Rio de Janeiro de fins do século XVIII. Achegas à edição de um testemunho manuscrito de uma congregação católica de africanos Mina
No Brasil, poucos são os textos que se conhecem escritos por pessoas escravizadas ou já alforriadas. Pelo menos, são escassos os localizados nas bibliotecas e nos arquivos luso-brasileiros. Por isso, chama muito a atenção que um texto fundamental como o manuscrito de uma congregação católica de africanos Mina, de 1786, aproximadamente, e conhecido desde 1881, por constar no Catálogo da Exposição de História do Brasil, só tenha sido editado em 2019, graças ao atento trabalho da historiadora Mariza de Carvalho Soares. O manuscrito inclui dois diálogos escritos por Francisco Alves de Souza, «preto e natural do Reino de Makii» (13), na Costa da Mina, nos quais ele dialoga com o alferes Gonçalo Cordeiro.
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